sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Etapa 6 Produção de texto

Redijam um parágrafo inicial de um artigo de opinião, utilizando os operadores discursivos anteriormente destacados. O tema a ser abordado pode ser “Vantagens e desvantagens do uso do Guia do Estudante na sala de aula”. Seria interessante, por exemplo, que comparassem o aprendizado antes e depois da utilização do Guia, apontando as causas de facilidades e dificuldades encontradas nesses dois momentos; seria conveniente dar exemplos de situações.

Etapa 5 | Análise do emprego de operadores discursivos

Questão 9

Releia as seguintes partes do texto e grife os operadores discursivos,explicando o sentido de cada um.
1) “O provérbio árabe ‘Os cães ladram e a caravana passa’ refere-se a situações em que qualquer esforço se torna inútil contra uma decisão tomada por alguma força superior. E aplica-se perfeitamente à atual crise de identidade e de poder político por que passa a ONU.”
2) “Foi assim em 2003, quando o latir da ONU não foi capaz de impedir que os Estados Unidos e o Reino Unido passassem por cima da decisão da organização e invadissem, como uma caravana onipotente, o Iraque [...].”
3) “De nada adiantou a insistência de líderes mundiais para que a ONU interviesse [...].”
4) “A instituição [...] além de mediar conflitos internacionais e regionais, envolve-se [...] com questões de saúde, pobreza e meio ambiente [...].”
5) “Todos participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de vetar qualquer proposta discutida – ou seja, basta uma das cinco grandes nações discordar da proposta, e ela não poderá ser adotada.
6) O Japão e a Alemanha [...] ficam de fora das principais decisões da ONU porque, em 1945, estavam do lado perdedor da guerra, junto da Itália.”
1) O provérbio árabe “Os cães ladram e a caravana passa” refere-se a situações em que qualquer esforço se torna inútil contra uma decisão tomada por alguma força superior. E aplica-se erfeitamente à atual crise de identidade e de poder político por que passa a ONU. Observar que a conjunção e traz a ideia de adição; deve, portanto, indicar o desenvolvimento do discurso, o acréscimo de uma informação nova.
2) Foi assim em 2003, quando o latir da ONU não foi capaz de impedir que os Estados Unidos e o Reino Unido passassem por cima da decisão da organização e invadissem, como uma caravana onipotente, o Iraque [...] Observar que a conjunção quando traduz a ideia de tempo; a conjunção como, nesse caso, estabelece uma comparação. [Notar que a conjunção como, dependendo do contexto, também pode denotar causa ;
(Ex.: Como estava doente, faltou à aula.) ou conformidade
(Ex.: Todos os convidados compareceram à festa, como estava previsto.)]
3) De nada adiantou a insistência de líderes mundiais para que a ONU interviesse [...] Observar que a locução conjuntiva para que indica finalidade.
4) A instituição [...], além de mediar conflitos internacionais e regionais, envolve-se [...] com questões de saúde, pobreza e meio ambiente [...]. Observar que o conector além de introduz um argumento terminante, como se fosse dispensável; a ideia, aqui, é convencer o interlocutor por meio de uma “prova cabal”.
5) Todos participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de vetar qualquer proposta discutida – ou seja, basta uma das cinco grandes nações discordar da proposta, e ela não poderá ser adotada. Observar que o conectivo mas indica a oposição entre significados de duas partes do texto; a expressão ou seja é utilizada para esclarecer o que fora dito antes.
6) O Japão e a Alemanha [...] ficam de fora das principais decisões da ONU porque, em 1945, estavam do lado perdedor da guerra, junto da Itália. Observar que o conector porque refere causa.

Questão 8

Releiam o segmento intitulado “O Brasil no Haiti” e identificassem a relação desse conteúdo com o anterior. Em seguida, destaquem, as opiniões favoráveis e contrárias ao fato de o Brasil chefiar a missão de paz da ONU no Haiti desde 2004.
O referido segmento de texto pode ser considerado um subtópico do texto. Analisa-se aqui um exemplo de atuação da ONU: envio de forças de paz ao Haiti, país que enfrenta sérios problemas de desestabilização política, social e econômica, com altos índices de pobreza e criminalidade. A ênfase é o desempenho do Brasil nessa missão, já que os soldados brasileiros compõem a maior parte do contingente. Os defensores da participação de militares brasileiros na missão de paz da ONU no Haiti alegam que essa atuação credencia politicamente o Brasil a figurar em outras áreas de conflito; esse desempenho, segundo eles, aumenta a “visibilidade” brasileira na comunidade internacional. Os detratores da permanência de tropas brasileiras no Haiti argumentam que o custo para a manutenção dos soldados no  Haiti é muito elevado: 120 milhões de reais por ano, valor que  é comparado à quantia destinada às nossas Forças Armadas, que tem sido bem menor. Além disso, minimizam a eficácia da missão, argumentando que a paz no Haiti depende mais de desenvolvimento  social e econômico do que do controle da violência efetuado pelas forças militares.

Etapa 4 "Diferença entre fato e opinião"

Questão 7
Releiam o segmento intitulado “Reformas”, na página 70.
a) Em relação ao fato de a ONU não ter se modificado durante seus 60 anos de existência, o posicionamento das nações é o mesmo?
Observem que, segundo o texto, as nações têm opiniões distintas quanto à estrutura e ao funcionamento da ONU. A maioria delas, contudo, mostra-se favorável às mudanças
b) Algumas propõem alterações?
É possível citar, como partidários das reformas, por exemplo, o Brasil, a Alemanha, o Japão e a Índia.
c) Cite duas dessas propostas.
Duas alterações propostas por esse grupo são as seguintes: o aumento do número de países que compõem o Conselho de Segurança e o aumento do número de vagas permanentes.
d) Há nações contrárias às mudanças?
 Em contrapartida, a China e os Estados Unidos têm permanecido avessos a qualquer modificação.

Questão 6

O uso do termo anacronismo pressupõe um julgamento das ações atuais da ONU? O juízo de valor anunciado no subtítulo se confirma no segmento de texto seguinte com o auxílio de quais argumentos?
O emprego do vocábulo anacronismo revela uma crítica do autor ao procedimento da ONU nos dias de hoje, pois anacrônico é aquilo que não se enquadra nos usos ou costumes atuais. Para comprovar que a ONU adota um modelo obsoleto, o autor se vale de exemplos e comparações. Para exemplificar, cita o fato de o organismo ter, desde sua criação até hoje, apenas cinco nações como  membros permanentes e com poder de deliberação no Conselho de Segurança, o principal órgão da entidade. Como comparação, utiliza os termos “agora” e “antes” para definir a representatividade do órgão da vontade da maioria das nações do mundo.

Etapa 3 | Identificação de anafóricos, relações de causa e consequência e pressupostos.

Questão 4
Ao citar “a transição da ONU de protagonista a figurante entre os diversos atores da política internacional”, o autor ratifica sua tese?
Em sua tese, o autor afirma que “a ONU já foi o mais respeitável fórum de debate e encaminhamento multilateral dos problemas mundiais” e que atualmente “não consegue mais deter decisões tomadas unilateralmente por grandes potências econômicas”. (Atentar, nesse trecho, para o uso dos tempos verbais: “a ONU já foi” e “atualmente não consegue”; compara-se uma situação que se encontra num passado “terminado” com outra que se dá no presente.) O termo protagonista designa o personagem principal em livro, peça, filme ou novela; o termo figurante, por sua vez, designa aquele que tem participação insignificante em produções televisivas, teatrais ou cinematográficas. Levando em consideração a proposta inicial do autor, é possível observar que ele ratifica sua tese por meio de uma analogia: a ONU,na época de sua criação, foi um organismo internacional da mais alta relevância, ou seja, protagonista do cenário mundial; hoje, atua como figurante, passando quase despercebida.
Questão 5
Releia com atenção o excerto abaixo (final do terceiro parágrafo do texto):
“E parte da responsabilidade por essa mudança recai sobre a estrutura e o funcionamento da própria organização, que se baseia numa realidade  de 60 anos atrás.”
a) A que mudança o texto se refere? De acordo com o enunciador, essa mudança é consequência de algo. Para ele, qual seria uma das possíveis causas dessa mudança?
A mudança referida no texto é a transição da ONU de protagonista a figurante, o que, segundo o enunciador, em parte foi motivado pelo fato de a ONU não ter acompanhado as transformações econômicas ocorridas no mundo, pautando sua estrutura e seu funcionamento numa realidade de 60 anos atrás.

Etapa 2 | Distinção entre tese e argumento

Questão 2

Qual a tese defendida pelo enunciador do texto “Nações não tão unidas”?
Observar que a afirmação central do texto é que a ONU vem perdendo seu poder político em face das decisões unilaterais das grandes potências econômicas, tese que está assim explicitada pelo produtor do texto: “Depois de mais de 60 anos de sua criação, a ONU, que já foi o mais respeitável fórum de debate e encaminhamento multilateral dos problemas mundiais, não consegue mais deter decisões tomadas unilateralmente por grandes potências econômicas, que seguem sem se importar com o ladrar da comunidade internacional”. Observar que é com base nessa ideia que todo o texto se desenvolverá.
Questão 3
Quais os argumentos utilizados pelo enunciador nos dois parágrafos iniciais para a defesa de seu ponto de vista?
Percebam  a combinação de argumentos mobilizados para convencer o enunciatário de que a ONU tem perdido sua força política. Em primeiro lugar, podemos observar que o provérbio “Os cães ladram e a caravana passa” é utilizado para designar a situação atual de desprestígio da ONU apontada pelo autor. Notem que aqui o uso da analogia, que será retomada posteriormente: o ladrar dos cães remete às tentativas malogradas de ações da ONU; o passar da caravana refere-se às ações das grandes potências econômicas.
No segundo parágrafo, podemos observar dois exemplos em que, mais uma vez, o autor confirma sua tese de enfraquecimento político da ONU e fortalecimento das nações economicamente poderosas.

Tema 2 "A construção do texto opinativo"

referência no GUIA     (“Nações não tão unidas”, págs. 68-71)
Etapa 1 "Reconhecimento do texto opinativo"
Após fazer a leitura do texto “Nações não tão unidas”. Façam um levantamento dos vocábulos que desconhecem e procurem seu significado no dicionário.
Questão 1

Levando em conta os conhecimentos adquiridos acerca dos tipos de texto, responda: Sobre as características do texto lido.
a)  Quais são as características do texto lido?
EDITORIAL  ou seja, Texto opinativo.
O editorial é um artigo que exprime a opinião do órgão jornalístico. Geralmente, é escrito pelo redator-chefe , possuindo uma linguagem própria, e publicado com destaque na Segunda ou terceira página do jornal ou da revista.
As características da linguagem são: ser formal, padrão, objetiva, conceitual; por ser impessoal, emprega-se a terceira pessoa; quanto ao conteúdo, sua estrutura é dissertativa, organizada em tese (apresentação sucinta de uma questão a ser discutida); desenvolvimento ( possuir argumento e contra-argumentos indispensáveis à discussão e à defesa do ponto de vista do jornal) e conclusão ( síntese das idéias anteriormente desenvolvidas) Além disso, deve-se usar exemplos que ilustram o assunto em questão. Possuir coerência entre o título e o conteúdo, não ter assinatura e expressa o ponto de vista do veículo ou da empresa responsável pela publicação.
Desta forma, o editorial é um texto opinativo, cujas idéias expressas contêm a visão de seus responsáveis. (Referência bibliográfica: CEREJA, William R. & MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual editora, 1994, V.2)
.b) Como ele está organizado?
 Do ponto de vista formal,esse tipo se caracteriza eminentemente pela presença de uma tese e de argumentos e que figura especialmente em jornais e revistas.A tese consiste na explicitação do ponto de vista adotado pelo enunciadorem relação a um dado tema. Geralmente isso é feito por meio de uma afirmação ou de uma pergunta (neste último caso, a intenção do produtor é responder à indagação no decorrer da abordagem). Comumente, por uma questão de praticidade, o enunciador evidencia

seu posicionamento no início do texto.Quanto ao argumento, este pode ser definido como o procedimento linguístico utilizado pelo enunciador com vista à comprovação da tese defendida.
O argumento, desse modo, busca persuadir o enunciatário; em outras palavras, pretende levá-lo a aderir à tese proposta. O que pode ser utilizado como argumento com o intuito de comprovar
algo, é o emprego de definições, ilustrações, exemplos, comparações, enumerações, dados estatísticos, raciocínios que estabeleçam relações de causa e consequência, enfim, de uma gama infinita de meios que se prestem a comprovar a opinião sobre algo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Respostas Tema 1 (Dossiê Água) (Amarelo)

"As várias formas de dizer uma mesma coisa:" referência no guia:”, págs. 16-17)
Etapa 1 "Leitura e compreensão do texto"
"As várias formas de dizer uma mesma coisa: quem conta um conto acrescenta um ponto.(referência no guia:“Obama pinta uma parede, e todo o mundo dá a foto”, págs. 16-17)
Nesta seção, denominada “Ponto de vista”, o Guia propõe um excelente exercício crítico sobre como as notícias são produzidas e como os jornais diários de todo o mundo dão destaque a elas.
Questão 1
Estudantes façam a leitura do texto descrito acima e procure observar as informações que lhe ajudaram a reconhecer as informações nele destacadas. A seguir, faça um resumo do mesmo, concentre a atenção nas informações referentes à importância da eleição de Barack Obama e ao fato de este ter pintado uma parede na véspera de sua posse. Observe que o texto do Guia é analítico e tem função didática.Procurem estudar para debate em grupo e postem as respostas em seus blogs.
a) Qual a relevância dada a tal notícia pela imprensa internacional e nacional?
No âmbito jornalístico, o vocábulo notícia , designa um relato de fatos atuais, de interesse público.Por isso , a imprensa tanto nacional como internacional dão tanta importância, pois a mesma e de interesse mundial (principalmente no plano político e financeiro).
b) Por que razões a mídia brasileira reproduz com destaque essa notícia de pouco interesse para o povo brasileiro?
Embora o povo esteja mais ligado em novelas e programas de entretenimento que nada mudam suas vidas, o resultado das eleições obtido nos U.S.A influenciará direta ou indiretamente na vida dos mesmos, como por exemplo a crise mundial.
c) O que vocês pensam sobre a preocupação demasiada com a eleição nos Estados Unidos.
Sabe-se que os Estados Unidos é uma grande potência e um país de primeiro mundo, o resultado de suas decisões influenciam fortemente o planeta , podemos exemplificar com a crise econômica pela qual o país está passando, que atingiu de certa forma todos os países.Então, penso ser coerente a preocupação demasiada com as eleições ocorridas lá.

d) Por que a eleição em outros países não tem o mesmo espaço na mídia brasileira? ( O caráter ideológico, político e econômico da notícia pode ser discutido.)
No âmbito jornalístico, o vocábulo notícia designa um relato de fatos atuais, de interesse público. Há uma crença, aliás bastante disseminada, de que os relatos dessa natureza, ou seja, acerca de dados extraídos da realidade, sejam desprovidos de qualquer subjetividade, portanto dignos de total confiança por parte do leitor ou espectador em virtude do enfoque objetivo do enunciador do texto. Quantas vezes não se observa alguém ser levado a acreditar em algo pela simples razão de tê-lo visto em um renomado telejornal? Ou de ter lido em um jornal ou numa revista de grande circulação? Conhecendo sua influência sobre a sociedade, a mídia busca interferir direta ou indiretamente nas decisões dos brasileiros a favor de seus próprios interesses sejam eles políticos, econômicos ou ideológicos. A eleição em outros países , não interferem tanto em nossa sociedade, como as eleições nos Estados Unidos,Portanto, é certo que a mídia não gastaria seu tempo , com tais informações.  
e) Do segundo parágrafo, destaque os sentidos de "mídia impressa e eletrônica", "marketing da notícia", "assessores de imprensa","marqueteiro".
Também conhecida como mídia offline, a mídia impressa é um meio de comunicação, o qual refere-se particulamente aos materiais, de caráter publicitário ou jornalístico, que são impressos em gráficas, birôs de impressão, ou em locais específicos. A mídia eletrônica refere-se ao conjunto de meios de comunicação que necessita de recursos eletrônicos ou eletromecânicos para que o usuário final (audiência ou público) tenha acesso aos conteúdos - de vídeo ou áudio, gravados ou transmitidos em tempo real. O marketing propõe (ou imagina) efeitos para um determinado evento(No caso, a eleição de Obama). Assessores de Imprensa é o trabalho feito através dos meios de comunicação em espaços redacionais não pagos;Assessoria de imprensa diferencia-se da publicidade, cujos anúncios são pagos. Marqueteiro é a pessoa ou profissional do Marketing.O tema toda vida é utilizado pela imprenssa, para designar especificamente aqueles profissionais que fazem " marketing político " . Contudo com a expressão carrega um viés depreciativo estes preferem ser chamados de profissionais de MARKETING POLÍTICO .
f) Depois de rever todos os tópicos, qual é a conclusão do grupo?
Quantas vezes não se observa alguém ser levado a acreditar em algo pela simples razão de tê-lo visto em um renomado telejornal? Ou de ter lido em um jornal ou numa revista de grande circulação? Contudo, é preciso atentar para o fato de que o meio (tevê, jornal, rádio, internet), por mais que tenha a aparência de imparcialidade, deixa transparecer que houve uma opção. Em outras palavras, o produtor de um texto, embora possa afirmar absoluta fidelidade na reprodução dos dados, evidencia um julgamento pessoal (ou “institucional”) sobre um acontecimento, particularmente no momento em que confere destaque a determinados aspectos em detrimento de outros. Sabe-se que na verdade, não foi Obama quem decidiu pintar uma parede (o fato), mas, sim, seus assessores, com a intenção de criar uma imagem de uma pessoa comum. A ação de Obama foi metafórica ou seja ,ele usou uma figura de imagem para que as pessoas fizessem associações, acerca de sua pessoa, e procurou convencer seu público-alvo (os eleitores) de sua condição popular. O fato foi uma jogada de marketing, muito comum em eleições. Pode-se exemplificar , como vocês mesmos citaram, o caso de nosso presidente Lula, que usou sua imagem de metalúrgico, de pessoa simples, para alcançar seus objetivos, isso foi uma “jogada de marketing.
g) No terceiro parágrafo, observem que mais um fato é citado, o "fim da retirada do Exército de Israel da Faixa de Gaza" com o efeito de preservar a imagem de Obama.Havia alguma intenção nisto?
O "fim da retirada do Exército de Israel da Faixa de Gaza" teve o intuito de preservar a imagem de Obama.

ETAPA 2 "Comparação das primeiras páginas dos jornais"


Questão 2
Observem as primeiras páginas dos jornais citados e leiam as análises delas nos resumos.Listem os elementos importantes de cada resumo. Postem os elementos destacados pelo grupo.
O Globo: noticia a cerimônia de posse de Obama com pormenores acerca de horário e local.
Folha de S.Paulo: registra a posse de Obama e destaca como ponto central a questão dos negros nos Estados Unidos.
O Estado de S.Paulo: noticia a posse de Obama e enfatiza que a grande preocupação do presidente é a recuperação econômica do país.
Correio Braziliense: situa a posse de Obama como um passo evolutivo do ser humano; destaca a eleição do novo presidente como um golpe no racismo.

Questão 3


Compare as informações listadas (com base nos resumos) e observe o espaço que a notícia da posse de Obama ocupa nas primeiras páginas dos jornais brasileiros, é possível afirmar que algum periódico dá mais destaque do que outro ao fato?
Levando em conta o arrolamento da questão anterior (realizado com base nas informações extraídas dos resumos), nota-se que O Globo e o Correio Braziliense destacam vários elementos relativos à posse de Obama. A Folha de S.Paulo destaca o aspecto social e O Estado de S.Paulo aponta apenas o econômico. Analisando o espaço ocupado pela notícia em cada jornal, percebe-se que os quatro optaram por destacar graficamente a posse de Barack Obama e por manchetes de temas nacionais, em três deles, e um tema local (no caso do Correio Braziliense). Observa-se também pelo tamanho da fonte usada nas manchetes e sua dispo

Questão 4

Retornando os elementos da questão 3, quais serão os outros fatos diretamente influenciados pelo aspecto político (Uma vez que se trata de uma sucessão presidencial), de acordo com cada periódico , e mereceram, portanto, um destaque especial?
O Globo: a posse de Obama incidirá sobre os aspectos econômicos (crise financeira), sociais e políticos (conflitos no Afeganistão e no Iraque) e ambientais (aquecimento global).
Folha de S.Paulo e Correio Braziliense: a posse de Obama incidirá sobre o aspecto social (questão racial).
O Estado de S. Paulo: a posse de Obama incidirá sobre o aspecto econômico (recuperação da economia dos Estados Unidos).

Questão 5


Como cada jornal avalia a eleição de Obama? De formar positiva ou negativa? As justificativas apresentadas são as mesmas?
Observa-se que todos os jornais mencionados fazem uma avaliação positiva da eleição de Obama. Contudo, pode-se perceber que as razões para esse julgamento nem sempre são as mesmas. A Folha de S.Paulo e o Correio Braziliense, em linhas gerais, evidenciam como fundamental  a resolução de conflitos sociais (destacam o racismo) e, para ambos, o novo presidente é "bom" porque lhes parece apto para restituir a paz entre os indivíduos.. O Estado de S. Paulo, por sua vez, salienta que o problema de maior importância é a crise econômica; assim, do ponto de vista desse jornal, o presidente é “bom” porque se lhe afigura competente para acabar com a crise financeira dos Estados Unidos. O Globo pauta-se na “amplitude” para manifestar seu apoio a Obama: ele é “bom” porque tem uma visão global das circunstâncias, ou seja, cuidará das questões econômicas, sociais, políticas e ambientais.
Nota-se, portanto, que não faz sentido falar em “neutralidade” de um determinado jornal, aspecto que se aplica também a cada um de nós, como indivíduos. Ao mesmo tempo em que relata um fato, um jornal ou veículo de mídia exprime um julgamento ou avaliação acerca deste, de acordo com a escala de valores que adota. É importante enfatizar que a “aparência de neutralidade” já é uma escolha; nesse caso, pressupõe se que o aparentemente “objetivo” é melhor do que o aparentemente “subjetivo”, e isso continua sendo um juízo valorativo


ETAPA 3 “ Analise do uso da linguagem não verbal e reescrita da noticia.”


Essa questão tem a  intenção é fazê-los observar que, embora os jornais mencionados apresentem Obama como uma figura positiva e reproduzam fotos quase idênticas, os enfoques são distintos.
Questão 6
Todos os jornais mencionados fazem uso de uma foto em que Barack Obama aparece pintando uma parede. Analise com o grupo as semelhanças e as diferenças no tratamento da imagem dado pelos referidos periódicos.
 E notável que três dos jornais (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Correio Braziliense) tenham, à primeira vista, aproveitado um ângulo semelhante, em que Obama aparece de frente para o leitor, com ar de certo contentamento; notar, porém, que somente nas fotos da Folha e de O Estado de S. Paulo há também, ao lado de Obama, a parte real da parede que ele acabara de pintar de azul e para a qual olhava. É interessante observar, ainda, que na Folha se tem a impressão de que Obama está sozinho, apenas rodeado pelos apetrechos necessários para a pintura. Contudo, se nos detivermos na foto divulgada por O Estado de S. Paulo, veremos que atrás de Obama há outras pessoas e estas, diferentemente dele, estão vestidas de modo bastante formal. Na foto divulgada pelo Correio Braziliense, recorta-se do contexto a figura de Obama com o rolo molhado de tinta azul e não se vê a parede nem os outros indivíduos. Há ainda uma composição dessa imagem – que aparece numa perspectiva bem mais próxima do leitor do que a dos outros jornais – com uma charge. Nesta, o ser humano evolui até tornar-se o Homo sapiens e finalmente chutar o ex-presidente George W. Bush. Nos dois blocos, o jornal usa o mesmo tom de azul. Assim, quando vemos Barack Obama olhando para cima, com expressão de satisfação, tendemos a ligar sua posse à saída de Bush, como se a pintura de azul de Obama fosse reformar ou consertar erros do governo anterior. Já O Globo divulga uma imagem de Obama em um ângulo muito diferente do escolhido pelos outros mencionados: aqui, o presidente eleito dos Estados Unidos aparece sozinho na foto (da cintura para cima), mas está de costas para o leitor; este pode observar a imagem de um homem com mangas arregaçadas, demonstrando disposição para o início de sua empreitada governamental.

Etapa 4 | Leitura e análise das chamadas da primeira página

Questão 8
Coletivamente, analisem a manchete da primeira página dos respectivos jornais indicados no texto. Qual a manchete do dia? Como foi organizada graficamente? Qual seu assunto? Como a manchete foi linguisticamente construída? Há pontuação? Qual o tempo verbal utilizado? Há artigos definidos ou indefinidos? Há adjetivação? Etc.
A primeira página de um jornal é a última do veículo a ser finalizada na montagem, porque fica à espera dos assuntos mais “quentes” até parte da noite. Ela é tão importante que é habitual, em todos os jornais que circulam pela manhã, ser eventualmente refeita no meio da noite para inclusão de um novo fato. Em algumas ocasiões, a substituição é da própria manchete, a chamada principal da primeira página. A manchete e as demais chamadas, em títulos menores, devem dar ao leitor vontade de comprar o jornal. Por isso, são utilizados recursos gráficos e linguísticos especiais. Devem conter a essência da informação, segundo o viés que mais interessa ao leitor, sob a ótica do veículo. Por ser um título, há regras criadas para a sua construção, como evitar o uso de determinados sinais de pontuação (dois pontos, ponto-final, pontos de exclamação e interrogação, travessão, parênteses, reticências); o verbo, preferencialmente, é utilizado no presente e na voz ativa; os artigos devem ser evitados; as maiúsculas marcam só o início das chamadas e os nomes próprios etc.

Questão 9



Depois de todas as atividades, vocês devem  em casa, assistirem a dois ou três telejornais e observarem o tratamento que cada um dá a um mesmo fato. Cabe a vocês escolher o fato (pode ser uma ocorrência nacional ou internacional, no âmbito político, econômico, social, cultural, ambiental). É importante que vocês  percebam o modo como cada emissora de TV divulga o fato. Seria interessante que observassem (e registrassem, por escrito), por exemplo, se há chamada inicial, seguida de interrupção do noticiário para o intervalo comercial; se o fato é anunciado no início e somente é divulgado no fim do noticiário; ou se é referido somente no término, sem ter sido anunciado; se a emissora considera o fato importante (observar quanto tempo destina ao fato, comparando-o com o tempo gasto com a divulgação de outros acontecimentos); se há imagens do fato acompanhando a narrativa feita pelo jornalista; se as imagens são as mesmas em cada telejornal; se a emissora opta pela aparência de objetividade ou de subjetividade no trato do acontecimento.
(Entregar em mãos)

Etapa 5 | Análise da pesquisa
Exponham oralmente, de forma crítica, tudo o que observaram sobre os fatos divulgados nos telejornais.

Etapa 6 | Produção de texto

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Redijam um parágrafo inicial de um artigo de opinião, utilizando os operadores discursivos anteriormente destacados. O tema a ser abordado pode ser “Vantagens e desvantagens do uso do Guia do Estudante
na sala de aula”. Seria interessante, por exemplo, que comparassem o aprendizado antes e depois da utilização
do Guia, apontando as causas de facilidades e dificuldades encontradas nesses dois momentos; seria conveniente dar exemplos de situações.

Etapa 5 | Análise do emprego de operadores discursivos

Questão 9
Releia as seguintes partes do texto e grife os operadores discursivos, explicando o sentido de cada um.
1) “O provérbio árabe ‘Os cães ladram e a caravana passa’ referese a situações em que qualquer esforço se torna inútil contra uma decisão tomada por alguma força superior. E aplica-se perfeitamente à atual crise de identidade e de poder político por que passa a ONU.”
2) “Foi assim em 2003, quando o latir da ONU não foi capaz de impedir que os Estados Unidos e o Reino Unido passassem por cima da decisão da organização e invadissem, como uma caravana onipotente, o Iraque [...].”
3) “De nada adiantou a insistência de líderes mundiais para que a ONU interviesse [...].”
4) “A instituição [...] além de mediar conflitos internacionais e regionais, envolve-se [...] com questões de saúde, pobreza e meio ambiente [...].”
5) “Todos participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de vetar qualquer proposta discutida – ou seja, basta uma das cinco grandes nações discordar da proposta, e ela não poderá ser adotada.
6) O Japão e a Alemanha [...] ficam de fora das principais decisões da ONU porque, em 1945, estavam do lado perdedor da guerra, junto da Itália.”