terça-feira, 18 de maio de 2010

Atividades sobre Noticia "LEAD"

Alunos 1º C entrem neste link abaixo, para fazer as atividades do LEAD.
http://portugueserliete.blogspot.com/

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tema 1 "A construção do texto"

sábado, 24 de abril de 2010

Tema 2

A construção do texto informativo
referência no GUIA  “Riqueza na mão de poucos”, págs. 126-127
Etapa 1

Os constituintes do texto informativo
Questão 1

Leiam a indicação no canto superior esquerdo da página acima citada (a mesma que figura no sumário), o título da matéria e o enunciado em destaque logo abaixo do título. É possível depreender algo sobre o conteúdo a ser abordado no texto por meio desses elementos? Esses dados já circunscrevem o assunto (a desigualdade social), o tema (a concentração de renda no Brasil) e os objetivos do enunciador do texto .




Questão 2

Observando o enunciado abaixo do título, é possível inferir alguns dos procedimentos argumentativos que serão utilizados pelo enunciador?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Etapa 4 'Avaliação sobre o tema: produção de resenha"

Agora, depois de familiarizados com esse gênero de texto, proponho que produzam uma resenha crítica, individualmente ou em grupos. Esta pode ser sobre um filme de ficção ou documentário, um programa de televisão, uma publicação de livro ou de quadrinhos.Antes de iniciar os trabalhos de escrita, executassem duas tarefas: leiam algumas das outras resenhas do Guia (de filmes e documentários, nas páginas 9 e 10; de programas de televisão, na página 11; de quadrinhos, nas páginas 12 e 13) e façam um rol dos elementos constituintes do texto a ser redigido (como proposto nas questões 2, 3 e 4 da etapa 1). É importante definir o objetivo do texto, o público-alvo e o suporte (acadêmico ou comercial) em que seria veiculado. 

Etapa 3 | Identificação da função persuasiva do texto

Questão 7

Considerando o que foi visto em relação aos elementos constituintes do texto e aos interlocutores, qual seria a função específica dessa resenha crítica?
A resenha em questão, além de destacar algumas das características de um dado objeto (filme), possui caráter crítico, na medida  em que o enunciador do texto deixa transparecer suas impressões a respeito da obra. Em razão de alguns aspectos do texto e do suporte, também se verificou que, para o resenhista, seu interlocutor mais provável é um jovem. Dessa forma, é possível concluir que a função dessa resenha seria, ao menos, despertar nos jovens o interesse pelo filme Quem Quer Ser um Milionário?.
Questão 8
O enunciador da resenha faz um juízo de valor favorável ou desfavorável ao filme Quem Quer Ser um Milionário?. Ele pretende convencer o público de algo? Comprove, transcrevendo trechos em que figurem procedimentos que se prestem à persuasão.
Note-se que o enunciador já inicia o texto com o claro intuito de enaltecer as qualidades do filme: “Grande vencedor do Oscar neste ano...” A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos
premia com o Oscar os filmes que considera os melhores de cada ano; assim, ao mencionar a premiação da obra, o enunciador já a destaca. No último parágrafo também se verifica o tom de elogio. Ele está
na adjetivação empregada para caracterizar aspectos intrínsecos do filme, como em “Quem Quer Ser um Milionário? é um ótimo retrato da Índia atual...” e “com uma narrativa envolvente e um ritmo intenso”.
O tom elogioso também aparece na referência aos aspectos extrínsecos, relativos aos prêmios que recebeu, como em “a fita ganhou oito das dez estatuetas a que concorreu no Oscar 2009:
melhores filme, diretor, roteiro adaptado, canção original, trilha  sonora, edição, mixagem de som e fotografia”.
Observar que a utilização desses expedientes constitui uma estratégia argumentativa, um recurso de texto para despertar o  interesse do leitor para assistir ao filme.

Etapa 2 | Relação entre textos

Questão 5

Releia a resenha sobre o filme Quem Quer Ser um Milionário? E identifique se há no texto referência a alguma outra obra. Levando em conta o modo como aparece no texto a remissão e o fato de ser o Guia do Estudante, qual ´poderia ter sido a intenção do enunciador ao mencioná-la?
Observem que o enunciador, no segundo parágrafo, compara as imagens de Quem  Quer Ser um Milionário? com as de Cidade de Deus, afirmando que a obra indiana  é inspirada na brasileira, especialmente no que diz respeito ao retrato das favelas. O enunciador solicita que o leitor veja mais informações sobre o assunto na página 10  do Guia. Nesta página, o filme Cidade de Deus aparece como mais um destaque do Guia, entre outras  produções cinematográficas, de períodos distintos. Levando em consideração que as fitas recomendadas possuem temática social e política, é possível crer que o enunciador tenha a intenção de auxiliar o estudante a  ampliar a visão e a compreensão dos conflitos nacionais e internacionais recentes.
Questão 6
Observem que o espaço da página 8 é totalmente dedicado ao filme Quem Quer Ser um Milionário?. Na parte superior da página, há a reprodução de uma cena possivelmente importante do filme; a parte inferior é ocupada pela resenha. O que há na cena? A resenha destaca alguma característica do protagonista? É possível estabelecer uma relação entre a ênfase nesses aspectos (não verbal e verbal) e o provável interlocutor do texto?
No texto não verbal, notem que no centro da imagem há um jovem, com olhar um tanto atônito; ao fundo, verificam se  vultos, de roupas coloridas, sob fortes luzes, em um auditório. Estes ovacionam o rapaz e jogam papéis picados sobre ele. No texto verbal, observar que há destaque para algumas características do
protagonista e determinadas circunstâncias que o envolvem: 
“Jamal Malik, um jovem favelado da Índia. Ele havia perdido a mãe quando criança e cresceu nas ruas junto com o irmão mais velho, Salim”. “O rapaz [está] prestes a ganhar o prêmio de 20 milhões de rúpias no programa de televisão Quem Quer Ser um  Milionário?valor máximo, jamais conquistado por ninguém.”
“Tanto o público quanto a produção do programa se espantam, cada vez mais, quando o menino que serve café numa empresa  de telemarketing acerta cada pergunta feita e avança rumo ao prêmio. Sua rica e traumática experiência de vida, porém, está na base dessa sabedoria.”
Tanto na imagem quanto na resenha há destaque para o fato de o protagonista ser um jovem; o texto sublinha ainda que ele é órfão e miserável, contrapondo essas características à sabedoria dele. Como

o suporte (Guia do Estudante) é destinado a jovens, parece evidente que a ênfase a essas características seja proposital. É possível crer numa tentativa de aproximar esses universos distintos, o de um jovem
brasileiro e o de um indiano, com o intuito de levar à reflexão sobre diferenças e semelhanças entre ambos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tema 2 "A construção do texto opinativo"

RESENHA CRITICA
Etapa 1 OEsse texto em questão chama-se "resenha", e procurado , em especial  por leitores que buscam informações sobre cinema e teatro em jornais e revistas; embora, muitas vezes os estudantes desconhecem
o nome desse tipo de texto.
No que diz respeito aos componentes básicos do texto, é possível assegurar que são os seguintes:
a) um objeto (geralmente um evento comemorativo, uma partida esportiva, um filme, uma peça de teatro, um livro, um show, um concerto, um espetáculo de dança, uma exposição de obras de arte);
b) uma seleção de características consideradas relevantes do objeto, de acordo com a finalidade do enunciador, o público-alvo e o suporte.
Convém exemplificar: uma resenha crítica de livro no âmbito acadêmico é diferente de uma resenha crítica de livro na esfera comercial, jornalística ou publicitária. Na primeira, o enunciador, em geral, seleciona um aspecto da obra escolhida e busca abordá-lo com alguma profundidade e certo grau de detalhamento; desse modo, o texto é habitualmente mais extenso, pode ser de algumas laudas, por não se limitar aos dados básicos, como título da obra, nome do autor, síntese, editora.
Na segunda, se considerarmos que o suporte seja um jornal ou uma revista de grande circulação e que o objetivo seja a divulgação da obra, é provável que as informações ali presentes sejam o título, o nome do
autor, a síntese, a editora, o número de páginas e o preço. Observar também que o objetivo do enunciador define se a resenha será só descritiva (o enunciador pretende ser imparcial, tanto quanto possível) ou crítica (o enunciador intenta apresentar juízo valorativo).


Identificação dos elementos constitutivos do texto
Questão 1
Esse gênero é conhecido por vocês? Como se chama? Observem o texto lido, depreenda quais elementos estruturam textos desse tipo.O
Identificação dos elementos constitutivos do texto
Questão 1
Trata-se de qual tipo de gênero? Como se chama?Após ler o texto da ag.8, observe e responda , quais elementos depreendem deste texto?
referência no guia  "Divirta-se – Filmes – Quem Quer Ser um Milionário?", pág. 8
Etapa 1
Questão 2
Considere as principais características do gênero destacadas na questão 1 e faça um rol dos elementos constituintes da resenha lida. Trata-se de resenha somente descritiva ou crítica?
Os elementos que constituem o texto lido são os seguintes:
a) filme Quem Quer Ser um Milionário?; esse é o objeto a ser descrito;
b) nome do diretor; ano de lançamento do filme; síntese comentada do roteiro; essas são as características do objeto selecionadas pelo enunciador do texto.
Observar que o enunciador tem a intenção de, além de apresentar um resumo da história, opinar quanto a alguns aspectos do filme. Por essa razão, trata-se de uma resenha crítica.
Questão 3
Observar que o suporte dessa resenha é o Guia do Estudante. Se, por acaso, o suporte da resenha crítica fosse um suplemento cultural de jornal ou revista, é possível que isso acarretasse alguma diferença no texto? Quais poderiam ser os elementos constituintes de uma resenha sobre o filme Quem Quer Ser um Milionário? nesse caso?
Os mais prováveis elementos constituintes seriam estes:
nome do filme; ano de lançamento; duração;
tipo de filme (drama, romance);
nome do diretor;
nomes dos atoresprincipais;
síntese comentada do roteiro;
recomendação de faixa etária;
salas de cinema em que está em exibição e horários das sessões.
Questão 4
Quais seriam os prováveis elementos constituintes de uma resenha descritiva de uma peça teatral publicada em suplemento cultural de uma revista de grande circulação?
Os prováveis elementos constituintes seriam estes:
nome da peça; nome do autor;
nome do diretor; nome dos atores principais;
síntese do enredo;
endereço do local em que está em cartaz;
dia(s) da semana em que há apresentação;
horário(s);
duração; preços.

ATUALIDADES 1 SEMESTRE 2010 "Aprendendo a ler o Guia do Estudante – Atualidades Vestibular"

Tema 1
referências no guia Capas; carta ao leitor, págs. 4-5; sumário, págs. 6-7
Etapa 1 "Análise exploratória do suporte (Guia)"
Após ler as páginas acima e ter analisado o Guia , façam um levantamento sobre quais são os temas, como eles se subdividem , exponha o seu ponto de vista sobre os mesmos , comente sobre as chamadas da capa, que tipo de conteúdo ele traz? Qual sua impressão sobre o "Guia" , e  qual sua opinão sobre o Guia ter o título  "ATUALIDADES", o que você espera deste "Guia". Que tipo de leitores procuram esse "GUiA"?  Em grupo discutam e façam uma reflexão e entreguem para a nota.
Etapa 2
Análise e compreensão do suporte (Guia)
Analisem a organização do Guia propriamente dito, com a identificação das informações contidas em suas capas. Quais são as  capas do Guia que trazem muitas informações e os ajudam a compreender sua organização e função e, dessa forma, construir mapas cognitivos de predição dos conteúdos dos gêneros de textos incluídos.
Há no Guia quatro capas denominadas 
primeira capa (frontal ou principal);
segunda capa (no verso da primeira);
terceira capa (no verso da quarta);
e quarta capa (verso da primeira ou também denominada contracapa).
Há ainda a lombada, que apresenta indicações sobre a publicação. Inicialmente, analisaremos a primeira capa do Guia. As questões que seguem podem ser feitas oralmente, por escrito ou de ambos os modos.
                                          Essa é chamada de primeira capa.
Questão 1
Qual o nome deste suporte de textos? Esse nome indica sua função (objetivo)? Há índices linguísticos nos outros títulos (chamadas) da primeira capa que reiteram sua função? Quais são seus leitores potenciais (para quem ele foi escrito)? Como se pode pressupor pelo nome do suporte quem são esses leitores?
O nome do suporte é Guia do Estudante – Atualidades Vestibular. Sua função, como o próprio nome diz, é orientar, guiar os estudantes (pressupõe-se aqui a função pedagógica do suporte, uma vez que o público-alvo é aquele que estuda e quer aprender). Quanto ao título complementar (se assim podemos denominar) Atualidades Vestibular, ele indica que os textos que o compõem  versam sobre temas atuais (esse aspecto deve ser discutido em
questão específica, para que essa hipótese possa ser confirmada).
Eles fazem parte dos exames vestibulares (processo utilizado pelos cursos superiores de seleção/admissão dos estudantes). Mais uma vez a função pedagógica do suporte aparece no vocábulo “vestibular”, agora determinando que ele é dirigido a estudantes que tendem
participar de exames de seleção/admissão promovidos pelas instituições de ensino superior. Ela direcionou a escolha da pauta do Guia e da organização de seus textos. O Guia é mais do que um conjunto de informações (típicas de jornais diários ou de revistas semanais) que se perdem no contexto de sua produção. O Guia pretende orientar os leitores a aprender os conhecimentos que costumam fazer parte das questões dos exames vestibulares. Os temas desenvolvidos no Guia são objetos de pesquisa do que costuma
ser mais comum em questões de vestibulares. A maioria deles prevê em seus programas um conteúdo denominado atualidades. Os temas de interesse social são a matéria do Guia. Destaque esses temas de interesse coletivo que perpassam os textos do Guia e devem
ser de domínio de todo cidadão, porque de uma forma mais próxima ou mais distante vão influenciar a vida pessoal de cada um (é comum nessa faixa etária certo distanciamento ou mesmo alienação em relação aos problemas coletivos). Podemos citar as chamadas colocadas na capa como exemplo (“Charles Darwin – 150 anos da revolucionária teoria da revolução", “A maioria da humanidade agora mora em cidades. Como resolver os problemas?”, “Oriente Médio – A polêmica eleição no Irã dos aiatolás”, “Antártida – 50 anos do tratado que salvou a região”, “Gripe suína – Entenda como funciona o vírus A/H1N1 e por que a  doença se tornou uma pandemia” etc.). O título Atualidades pode ser interpretado, portanto, como educação para a cidadania, proposta que vai além dos conteúdos clássicos das disciplinas escolares que costumam fazer parte das questões dos vestibulares. São conteúdos de vida que devem ser objetos de estudo do tempo presente. Outros índices da função pedagógica do Guia podem ser encontrados de forma explícita nas demais chamadas da capa como: “112 temas que caem nas provas”, “Prepare-se, analisamos as boas redações da Fuvest”, “Filmes e quadrinhos divertem e ensinam”, “Simulado: 52 questões com respostas e comentários”, “Aprenda a ler gráficos”, “50 resumos para você estudar”  .A função do Guia e a projeção de seus leitores potenciais e de suas expectativas interferem diretamente na escolha dos temas, dos gêneros de textos propostos, da linguagem que se emprega nesses textos, dos recursos gráfico-visuais utilizados etc.
Questão 2
Quantas e quais são as chamadas da primeira capa? Como se organizam graficamente? Todas utilizam o mesmo tipo de letra? Como são distribuídas? Quais são os temas destacados? Eles representam os principais problemas sociais da atualidade? Quantos e quais assuntos são tratados na primeira capa? Como podem ser classificados?
A primeira capa de qualquer suporte de texto é construída de maneira a chamar a atenção do leitor e ao mesmo tempo criar uma identidade visual para o suporte, de forma que o leitor possa identificá-lo por sua silhueta básica (todas as capas do Guia do Estudante – Atualidades Vestibular têm um mesmo formato básico). Este é o design da capa. Como o Guia é vendido em bancas de jornais e revistas, seu design deve ser similar às capas de revista que circulam na esfera jornalística, mas com identidade visual própria, isto é, o leitor ao se interessar pela publicação deve de imediato reconhecê-la entre as demais revistas existentes na banca. A capa é construída de forma que o leitor crie uma imagem visual da publicação, antevendo de imediato os conteúdos que ela irá apresentar.
A primeira capa do Guia apresenta uma foto maior no centro da página com uma chamada também tipograficamente maior. As demais chamadas se distribuem nas laterais da página, dando uma ideia de profundidade à capa. Além da distribuição gráfica, observam-se as cores fortes utilizadas, próximas da preferência de um leitor jovem. A página é multimodal, isto é, composta de mais de um modo de representação gráfica. As linguagens verbal e não verbal se interseccionam para criar uma imagem composta pelo código escrito, pela diagramação da página (layout), pelas cores, pelas imagens, pelo formato das letras, pela distribuição articulada dessas representações. São onze chamadas. Quatro apresentam fotos para ilustrá-las. A principal é denominada de “Dossiê: mundo urbano – A maioria da humanidade agora mora em cidades. Como resolver os problemas?” Dossiê em
jornalismo se caracteriza como uma pesquisa que se pretende completa sobre um tema de grande importância e apresenta análises diversas, opiniões, dados históricos, mapas, gráficos, tabelas, artigos escritos por especialistas, fotografias, definições, infográficos, conceitos etc. O dossiê é uma reportagem expandida. Ao distribuirmos as chamadas por categoria, nós poderíamos assim classificá-las:

  • Aquelas mais relativas aos problemas ambientais e, por consequência, políticos, sociais e econômicos, por exemplo, “Mundo urbano – A maioria da humanidade agora mora em cidades. Como resolver os problemas?”, “Antártida – 50 anos do tratado que salvou a região”. 

  • Aquelas mais relativas aos problemas políticos e sociais, por exemplo,“Oriente Médio – A polêmica eleição no Irã dos aiatolás”.

  • Aquelas mais relativas à função pedagógica do Guia, por exemplo, “Analisamos as boas redações da Fuvest”.
Questão 3

Há indicações, na primeira capa, sobre a instituição responsável pela publicação? Como essa instituição é representada? Você conhece outras publicações dessa instituição? Tem opinião formada sobre ela? Há indicações sobre a data/ano da publicação, número da edição, periodicidade, preço, formas de contato com a edição? Para que serve o código de barras colocado no lado direito no fim da página?
A instituição responsável pela publicação é a Editora Abril e vem representada por linguagem multimodal (linguagem verbal e não verbal). Há outras como já citado em aula como: as revistas Superinteressante, Veja, Contigo!, Quatro Rodas etc.Não há data específica indicada na primeira capa, mas, sim, o ano de 2010 (observe que se trata de uma reimpressão). Quanto á alguns questionamentos sobre as informações que já sofreram modificações no decorrer do tempo de publicação. A periodicidade do Guia é semestral (duas publicações em cada ano). Esse Guia, que agora está sendo distribuído, já foi objeto de estudo dos alunos da 3ª série do Ensino Médio de 2009. A razão pela  segunda e a terceira capas estarem em branco, e que, por ser  uma publicação editada para a Secretaria de Educação, toda a publicidade foi suprimida. O preço do Guia nas bancas é 18,95 reais, e a forma de contato com a editora é www.guiadoestudante.com.br. Procurem entrar no link  e explorar o site e teçam comentários ou esclareçam dúvidas sobre o Guia. O código de barra serve para identificar o produto.  É uma etiqueta que permite o controle dos comerciantes sobre a venda de seu produto dentro de um sistema de inventário próprio.
Questão 4

Ao observar a página da primeira capa, o que chamou mais sua atenção? Por quê? Alguma informação despertou mais interesse? Qual? Por quê? Há alguma informação que levaria você a comprar o Guia? Qual?

Etapa 3

Leitura de fotos e legendas (quarta capa)
O Guia, por sua natureza jornalística, utiliza uma linguagem intencionalmente multimodal (linguagem verbal e não verbal). Já na primeira capa esse aspecto foi observado. Na quarta capa, há a predominância de uma foto com uma legenda que a complementa. A proposta é aprender a ler fotos e identificar os objetivos de utilização de legendas.
 
Questão 5

Desconsiderando-se a legenda da foto, responda: o que a foto mostra? Pelo cenário podemos supor o local e a época em que a foto foi tirada? Há narrativa na foto?

Questão 6

Observe agora a legenda da foto. Quais são as informações que podem ser identificadas no texto? Elas correspondem à cena da foto? Como interpretar o título da legenda “Terra nascente”?
Se possível, faça o exercício de leitura de outras fotos comparando, por exemplo, a foto analisada de caráter inusitado com fotos meramente ilustrativas.


Etapa 4

Leitura interpretativa da carta ao leitor
Após fazer a leitura dialogada do texto que está nas páginas 4 e 5, respondam: A carta ao leitor apresenta os pressupostos da construção do Guia, sua finalidade e seus objetivos. E vem assinada pelo responsável (editor) do Guia? Essa carta é organizada de forma particular, mesclando vários gêneros de textos, fugindo do padrão tradicional do gênero carta? A foto da página 4 é o mote para a introdução da carta. Ela causa certo estranhamento ao leitor e lembra o gênero editorial, inclusive por seu título. Por outro lado, o texto traz marcas explícitas do gênero carta. Observação: Editor é o responsável, na editora, pela publicação, neste caso, o Guia.?


Etapa 5

Análise do sumário
Após analisar o sumário do Guia constante das páginas 6 e 7, para debatermos em sala e depois  respondam as questões abaixo:
Questão 7

Como o sumário do Guia está organizado?
Questão 8

Por que as matérias jornalísticas foram separadas em temas?
Questão 9

Quais são os temas do sumário? Há intenção em sua sequência?
Questão 10

A relação entre tema e matéria jornalística está bem definida. Analise os títulos das matérias associadas a seus temas. Você faria um novo agrupamento? Daria novos nomes aos temas? Reclassificaria as matérias nos temas existentes? Se o sumário serve para facilitar a leitura, será que esse sumário em especial está bem construído?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Tema 4

O poema na letra de música popular brasileira. referência no GUIA

“Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, completa 70 anos”, pág. 178
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

Etapa 1
Algumas características do texto em verso e compreensão do poema. Façam uma leitura silenciosa do texto Aquarela do Brasil. Em seguida, revejam certos aspectos do texto em verso.
 Aquarel a do Br asil

Brasil, meu Brasil brasileiro

Meu mulato inzoneiro

Vou cantar-te nos meus versos

Ô Brasil, samba que dá

Bamboleio que faz gingar

Ô Brasil, do meu amor


Terra de Nosso Senhor

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim

Ah, abre a cortina do passado

Tira a Mãe Preta do cerrado

Bota o Rei Congo no congado

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim


Deixa cantar de novo o trovador

A merencória luz da lua

Toda canção do meu amor

Quero ver a Sá Dona caminhando

Pelos salões arrastando

O seu vestido rendado

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim

Brasil, terra boa e gostosa

Da morena sestrosa

De olhar indiscreto

Ô Brasil, samba que dá

Bamboleio que faz gingar

Ô Brasil do meu amor

Terra de Nosso Senhor


Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim

Oh, esse coqueiro que dá coco

Oi, onde amarro a minha rede

Nas noites claras de luar

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim


Ah, ouve essas fontes murmurantes

Aonde eu mato a minha sede

E onde a lua vem brincar

Ah, este Brasil lindo e trigueiro

É o meu Brasil, brasileiro

Terra de samba e pandeiro

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim”

Agradecimento: Ricardo A. de Freitas Lima

Questão 1

No âmbito literário, o termo verso denota cada linha de um poema. O termo estrofe, por sua vez, designa cada um dos grupos de versos em que se divide um poema. Refrão (ou estribilho) significa o(s) verso(s) que se repete(m) numa canção. Com base nessas informações, diga qual o número de versos de Aquarela do Brasil. E de estrofes? Qual é o refrão?
O poema Aquarela do Brasil é composto de 44 versos, divididos em seis estrofes. Convém notar que a 1ª e a 4ª, a 2ª e a 5ª, a 3ª e a 6ª possuem o mesmo número de versos. Observar que o poema é a letra de uma canção composta de duas partes; a 4ª, a 5ª e a 6ª estrofes compõem a segunda parte da letra e devem se encaixar, respectivamente, na mesma melodia (música) em que a 1ª, a 2ª e a 3ª estrofes haviam se encaixado; daí essa simetria. O mesmo acontece, por exemplo, no Hino Nacional brasileiro; nesse caso, também há duas partes, e cada uma tem uma letra diferente, mas a música é a mesma. O refrão é composto pelos dois últimos versos de cada estrofe: “Brasil, Brasil” e “Pra mim, pra mim”.
Questão 2

O termo “aquarela”, presente no título do poema, remete a qual campo do conhecimento? Seria possível estabelecer uma relação entre o título e o corpo do texto?
Observem que o vocábulo “aquarela” se refere ao campo artístico, mais especificamente à pintura. O apelo ao visual destacado no título se configura no corpo do texto, onde se verifica o caráter pictórico: o eu-lírico busca criar, por meio de palavras, imagens da paisagem brasileira. Convém atentar para o colorido, tanto dos elementos da natureza quanto das figuras humanas.
Questão 3

Quais elementos da natureza estão presentes no texto? De que forma isso se relaciona com o título Aquarela do Brasil? A lua, a terra (e aqui o termo pode aludir tanto à localidade quanto à fertilidade do solo), o coqueiro (pode referir-se à diversidade da flora também), as fontes (alusão à abundância hídrica do Brasil).Observem que esses elementos possuem tonalidades muito diversas, assim como as cores de uma ela.
Questão 4

No que diz respeito à figura humana, o eu-lírico fala do povo brasileiro de um modo geral ou refere alguns de seus componentes? Qual o objetivo dessa diferenciação?
Convém notar que o eu-lírico menciona alguns dos componentes do povo brasileiro: o mulato, a Mãe Preta, o rei Congo, a Sá Dona, a morena. A intenção é ressaltar que o Brasil abriga a diversidade, seja ela de raças, seja de culturas, o que resulta num “colorido” semelhante ao de uma aquarela.
Questão 5

Especialmente quando se faz uma leitura em voz alta, chama atenção o ritmo dos versos. Existe alguma relação entre esse aspecto formal e o conteúdo veiculado no texto?
Observa-se uma cadência bem marcada, que nos remete à ideia de movimento. Note a harmonia entre a forma ritmada e o conteúdo do texto, que refere elementos musicais, como o canto [“Vou cantar-te nos meus versos” (cantar, nesse caso, também pode ser entendido como exaltar), “Deixa cantar de novo o trovador”, “Toda canção do meu amor”] e, especialmente, a dança [“Ô Brasil, samba que dá” (observar que o samba refere música, dança e canto típicos do Brasil, mas descendentes do batuque e do lundu, ritmos africanos acompanhados por instrumentos de percussão), “Bamboleio que faz gingar”, “Bota o Rei Congo no congado” (congada é uma dança folclórica afro-brasileira em que se representa a coroação de um rei do Congo), “Quero ver a Sá Dona caminhando” “Pelos salões arrastando” “O seu vestido rendado” (Sá Dona é contração de Sinhá Dona; observe a referência aos salões de baile) “Terra de samba e pandeiro”].
Etapa 2

Letra e música
Após fazer a leitura, em conjunto, uma leitura, em voz alta, da letra da canção Aquarela do Brasil. Depois procurem ouvir a musica(com letra e música) .Debatam a questão texto escrito versus texto cantado. Procurem refletir acerca de alguns aspectos, como: existe alguma resistência ao ato de ouvir a leitura de um texto? E ao ato de ouvir esse mesmo texto associado a uma melodia? Ambos são realizados com a mesma disposição? Há influência dos veículos de comunicação no que diz respeito à escolha do que se ouve? A mídia divulga da mesma forma os vários tipos de expressão oral? Declamadores, repentistas, cantores têm o mesmo destaque nos meios de comunicação? Esses meios divulgam os vários tipos de música da mesma forma? Quais tipos de música costumam divulgar? Você conhece algum tipo de música que praticamente não aparece na mídia?
Etapa 3
Figuras de linguagem
Após revisarmos as figuras de linguagem, vocês devem compreender que esta constituem um desvio intencional das normas, realizado com a finalidade de dar uma roupagem nova e expressiva à mensagem transmitida. Seria interessante observar principalmente (metáfora, comparação, metonímia), algumas das figuras de construção (elipse, aliteração, pleonasmo) e algumas das figuras de pensamento (antítese, ironia, eufemismo, hipérbole, prosopopeia).

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.


Figuras de som
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Eu que passo, penso e peço.”

Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas

e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.”

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• De número

Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”

Figuras de pensamento
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
Os jardins têm vida e morte.”

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

f) gradação ou clímax: é a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)

“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”

Figuras de palavras

a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:

...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

Vícios de linguagem

A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.

Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.

pesquiza (em vez de pesquisa)

prototipo (em vez de protótipo)

b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) ambigüidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Paguei cinco mil reais por cada.

 e) pleonasmo: consiste na repetição desnecessária de uma idéia.

A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.

f) neologismo: é a criação desnecessária de palavras.

Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.

g) arcaísmo: consiste na utilização de palavras que já caíram em desuso.

Vossa Mercê me permite falar? (em vez de você)


h) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.

O menino repetente mente alegremente.

Por Marina Cabral

Especialista em Língua Portuguesa e Literatura


Equipe Brasil Escola

Questão 6

Procure identificar qual a figura de linguagem presente em cada verso abaixo transcrito:
a) “Ah, abre a cortina do passado”

b) “Oh, esse coqueiro que dá coco”
c) “E onde a lua vem brincar”
Em a, observa-se a metáfora, figura que se caracteriza pelo emprego de uma palavra com o significado de outra, pelo fato de haver uma relação de similaridade entre o que ambas representam. Note que a ação de abrir a cortina pressupõe que algo será mostrado; no caso, abrir a cortina do passado designa o fato de colocá-lo a descoberto, expô-lo, ou seja, de certa forma “trazê-lo” ao presente.
Em b, verifica-se o pleonasmo, figura que se caracteriza pela repetição de palavra ou noção já implicada no texto.
Em c, nota-se a prosopopeia ou personificação, figura que se caracteriza pela atribuição de qualidades animadas a seres inanimados.

Questão 7
Escreva frases ou orações em que você utilize três das figuras de linguagem revisadas
Etapa 4

Ponto de vista e contexto
Questão 8
 Atentando para o verso inicial do texto (“Brasil, meu Brasil brasileiro”) e para os três primeiros versos da segunda estrofe (“Ah, abre a cortina do passado” “Tira a mãe preta do cerrado” “Bota o Rei Congo no congado”), seria possível afirmar, observando o ponto de vista do eu-lírico, que o Brasil, em algum momento histórico, não tenha sido “brasileiro”? Em que época isso teria ocorrido?

Levando em conta, mais uma vez, o título Aquarela do Brasil, que conforme já observamos remete à abundância e à diversidade, é possível afirmar que o “Brasil brasileiro” é o do “tempo de agora” (época da escrita do texto).

Segundo o eu-lírico, trata-se de um país que integra as diferenças, considerando o valor de cada indivíduo, em oposição ao Brasil do passado colonial, dominado pelos portugueses, lugar onde escravizaram os negros, conforme aludido na segunda estrofe. [Tirar a Mãe Preta do cerrado seria libertá-la; colocar o Rei Congo (refere-se à República do Congo, na África) no congado seria reintegrá-lo à sua cultura, libertando-o da escravidão.]
Questão 9
Façam novamente a leitura do texto “Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, completa 70 anos”, inserido ao lado da letra da canção.Especialmente nas questões 1, 2 e 3, observamos que Aquarela do Brasil se refere a vários aspectos do nosso país. Transcreva do poema versos em que o eu-lírico evidencie claramente o seu ponto de vista em relação ao Brasil que retrata. Existe alguma relação entre o ponto de vista do eu-lírico e o momento histórico de produção do texto?
Note que o eu-lírico manifesta uma “visão favorável” do país, o que se pode verificar no seguinte trecho:
“Ô Brasil, do meu amor Terra de
Nosso Senhor
Brasil, Brasil
Pra mim, pra mim”
Convém salientar que os dois primeiros versos transcritos aparecem em dois momentos do poema, na primeira e na quarta estrofes; quanto aos dois últimos, constituem o refrão, sendo, portanto, repetidos ao final de todas as estrofes, justamente para destacar o ufanismo (patriotismo exagerado) do eu-lírico.Há também estes dois outros versos, em que se ratifica a visão positiva do eu-lírico em relação ao que descreve“ Brasil, terra boa e gostosa” e “Ah, este Brasil lindo e trigueiro”.
Observar que o Brasil retratado nos versos está em consonância com a ótica nacionalista disseminada pelo regime ditatorial de Getúlio Vargas. O samba, nesse período, com letras de cunho patriótico, começa a ser mais divulgado e prestigiado. Note que, durante os anos de ditadura, é muito conveniente que seja divulgada ao povo a imagem de um país que impressiona pela magnitude, pela abundância, ou seja, pelo conjunto de características “positivas”. Desse modo, Vargas, aproveitando-se do fato de o meio artístico musical, naquele momento, criar essa imagem, fez dela uma espécie de propaganda, ou, mais do que isso, de apologia do regimtorial.
Questão 10
Você conhece outros autores da literatura que tenham retratado o Brasil em suas obras? E compositores eruditos e populares? Alunos pesquisem e, na aula seguinte, apresentem um material em que se verifique a criação de uma imagem do Brasil ou de alguma região brasileira, ou de um momento histórico, ou de algum tipo humano considerado como característico do Brasil em produções de nossos poetas e compositores.
Essa pesquisa poderia englobar obras tanto de autores do passado quanto do presente; tanto do que se denomina “popular” quanto do “erudito”. O importante é que os estudantes observem de que modo os aspectos da realidade brasileira são retratados. (Ex.: Gonçalves Dias e Murilo Mendes, que produziram, em momentos históricos diferentes, obras denominadas Canção do Exílio; Jayme Ovalle, Chiquinha Gonzaga, Dorival Caimmy, Caetano Veloso, com Sampa ou Tropicália; rappers da atualidade; Vicente de Carvalho; Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, Frutuoso Viana, Cláudio Santoro, entre muitos outros.)
Etapa 5
As múltiplas visões sobre o mesmo tema
Apresentem o material obtido por meio da pesquisa proposta na etapa anterior.
Cada um deve expor oralmente aos colegas o que conseguiu encontrar e tentar explicar de que modo a realidade brasileira está evidenciada na obra. Nos casos de poemas que são letras de música e de músicas instrumentais, seria conveniente que fosse tocada uma gravação para ser ouvida pela turma.
Questão 11
Muitas obras da literatura brasileira foram adaptadas para o teatro, o cinema e a televisão. Você poderia citar algumas delas?
Procurem ler , por exemplo, obras como Vidas Secas, de Graciliano Ramos, O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, ou de alguma outra que tenha sido adaptada para teatro, cinema ou televisão, preparando-os para um futuro debate.
Etapa 6
A literatura vai ao cinema
Nesta etapa, sugiro que assistam, à versão cinematográfica de uma das obras referidas na questão 11 (ou de alguma outra obra literária adaptada para o cinema).Escolha uma das obras acima para assistir e para responder as questões abaixo.
Etapa 7
Análise comparativa entre a obra escrita e sua adaptação para o cinema
Após observarem os novos significados que a obra literária adquire ao ser adaptada para uma outra mídia (no caso, o cinema). Seria conveniente que os estudantes verificassem as semelhanças e diferenças nas abordagens.
Questão 12
Como os personagens são caracterizados na obra escrita? O cineasta busca fidelidade na composição dos personagens ou enfatiza apenas alguns de seus traços de caráter? O cenário é parte importante na obra escrita? E no cinema? Há elementos acrescentados pelo cineasta à obra original? k Como se percebe a passagem do tempo na obra escrita e na produção cinematográfica? Na obra escrita, o tempo é cronológico ou psicológico? O cineasta utiliza o recurso do flashback? O cineasta parafraseia ou parodia a obra original?













sábado, 7 de novembro de 2009

Etapa 6 | Reescrita de texto

Nesta etapa, troquem os textos entre si e destaquem da redação dos colegas os trechos mais problemáticos,a fim de que estes sejam transcritos.

Etapa 5 | Correção de textos

Como atividade a ser realizada em casa, façam a leitura atenta das páginas 156-157, em que é analisado o

tema proposto pela Fuvest em 2009. A seguir, a escrita de uma redação sobre tal proposta temática. Vocês devem trazer esse texto para ser lido, corrigido e reescrito em sala de aula.

Etapa 4 | Reescrita de texto

Lembrem-se de que a escrita de um texto é um processo que exige essencialmente conhecimentos e escolhas; não se trata, portanto, de preenchimento aleatório de linhas. A proposta é que , com base nos critérios de correção estudados e aplicados na etapa 3, sejam capazes de reescrever totalmente o texto dissertativo sobre o tema “As relações entre o homem e a TV”.

  

Etapa 3 | Familiarização com os critérios de correção do texto dissertativo.

.(Leiam as páginas páginas 154-155).
A televisão é o mais importante veículo de comunicação de massa.O homem tem se relacionado de modo negativo com tal mídia. As novelas, ainda que bastante estereotipadas, são vistas por milhares de pessoas. Aos domingos, muitos também gastam seu tempo com programas de auditório repetitivos. Desse modo, observa-se que, durante a semana, diversos indivíduos assistem às mesmices na novela e, no domingo, acompanham-nas nos programas de auditório. A liberdade e a democracia, conquanto sejam ideais dos homens. Hoje em dia, portanto, os telespectadores selecionam criteriosamente o que ver e, assim, mantêm uma relação inteligente com a TV.
O texto foi propositalmente redigido sem falhas na ortografia, na regência, na pontuação e na acentuação; o objetivo disso é que vocês percebam a escrita de um texto como algo que vai além do domínio da norma culta.
Questão 6
Levando em consideração os critérios de avaliação do texto dissertativo referidos nas páginas 154-155, apontem quais os defeitos do texto transcrito , a respeito do tema “As relações entre o homem e a TV”, e procurem analisar o seguinte:
Aspectos coesivos referentes

a) ao emprego de conectores entre as orações,os períodos e os parágrafos;
b) à estruturação sintática dos períodos; Aspectos macroestruturais relativos à
c) adequação entre tema e tese;
d) adequação entre tese e desenvolvimento;
e) apresentação de argumentos;
f) formulação do desfecho.
Baseando-se nos critérios de correção apontados, uma análise possível seria esta:
I) Note a quebra entre o primeiro e o segundo parágrafos, pois as afirmações não se coadunam inicialmente, o enunciador está centrado nos meios de comunicação; na assertiva que segue, sem nenhuma marca que aponte um desvio de rota, o enunciador direciona o foco ao homem. A suposta tese colocada no parágrafo inicial indica um caminho a seguir no desenvolvimento. Porém, sem aviso, toma um rumo diferente no suposto desenvolvimento, que certamente, em razão disso, exigiria a formulação de uma outra tese.
II) Observe que o conectivo “desse modo”, que inicia o terceiro parágrafo, foi utilizado de forma equivocada. Tal conectivo deve introduzir um enunciado que explicite, ratifique ou ilustre a sequência anterior. No caso em questão, convém notar que as informações do segundo e do terceiro parágrafos são as mesmas. Temos, então, duas falhas: uma na coesão, relativa ao mau uso do conectivo; outra na progressão textual, levandose em conta o fato de não haver no trecho, como deveria, o acréscimo de ideias, mas a mera repetição destas.
III) Veja que há uma falha grave na coesão quando se chega ao quarto parágrafo. Primeiramente, verifica-se que o enunciado está “solto”, isto é, não se relaciona nem com a sequência anterior nem com a posterior. Em segundo lugar, constata-se um problema na estruturação sintática do período: note-se
a incompletude deste. Em “a liberdade e a democracia, conquanto sejam ideais dos homens”, falta o predicado da oração principal. O enunciador começou a sequência da oração principal, interrompeu-a (com uma oração subordinada adverbial concessiva) e se esqueceu de completá-la.
IV) Note que o conectivo “portanto” do último parágrafo também não se justifica; nesse caso, observa-se que a ideia apresentada no fim do texto está em desacordo com a expressa no segundo parágrafo. Aqui, há duas falhas: uma na coerência, em vista da incompatibilidade de ideias; outra (nesse caso, decorrente
da primeira) na coesão. (Não é possível ligar informações incompatíveis por meio do conectivo “portanto”; este deve introduzir um enunciado que evidencie explicação, confirmação ou decorrência do que fora dito antes.)
V) Observe, também, que há um equívoco no que diz respeito à formulação da tese. Se o tema proposto é “As relações entre o homem e a TV”, qual a razão de começar dizendo que “A televisão é o principal veículo de comunicação de massa”? Tal formulação de tese poderia ser aceitável se o tema fosse, por exemplo,
“Os meios de comunicação de massa” ou “A importância dos meios de comunicação na atualidade”. A tese deveria explicitar algo acerca de como o homem interage com a TV. Convém ainda uma observação relativa ao “modo de dizer” do enunciador: afirmar algo de modo tão genérico pode ser bem perigoso, do ponto de vista da persuasão. No caso, alguém poderia poderia facilmente contra-argumentar assegurando, por exemplo, que o mais importante veículo de comunicação de massa é a internet (ou o rádio). É preciso cuidado, portanto, com o uso de generalizações.
VI) Deve-se notar também que do ponto de vista da persuasão não é nada eficaz uma afirmação como esta: “O homem tem se relacionado de modo negativo com tal mídia”. Nesse caso, seria muito mais elucidativo demonstrar o que seria este “modo negativo” por meio de exemplos, comparações, enumerações.
VII) Observa-se que o texto está cheio de afirmações, contudo desprovido de argumentos capazes de comprová-las. Além do uso da expressão “modo negativo”, é possível observar outros vocábulos, como “liberdade”, “democracia”, “relação inteligente”, utilizados, no texto, de modo absolutamente impreciso,
pelo fato de serem polissêmicos e de o enunciador do texto não ter explicitado o sentido empregado em cada caso.

Etapa 2 "Compreensão da estrutura do texto dissertativo"

(Façam a leitura das páginas 152-153.)
Questão 3
Qual diferença, segundo o texto, entre “abordagem” e “tese”. Aproveitando o exemplo temático referido pelo autor (“O desafio de conviver com a diferença” / Enem 2007), redija um parágrafo dissertativo introdutório, em que figurem tese e abordagem.
Estudantes observem que, de acordo com o texto, tese é a principal ideia que se formula sobre um tema proposto. Quanto à abordagem, trata-se da ótica (científica, religiosa, artística, sociológica, filosófica etc.) em que a tese será enfocada.
Questão 4
O que é argumento e qual sua finalidade? O que é progressividade textual? Retome o parágrafo introdutório escrito na questão 3 e acrescente a ele um parágrafo de argumentação.
Argumento é o raciocínio, a prova; sua finalidade é persuadir o enunciatário a aceitar a tese defendida pelo enunciador. A progressividade (ou progressão) textual designa o acréscimo de informações novas aos enunciados precedentes. Observar que o tema deve ser mantido ao longo do texto, mas os argumentos
precisam ser diversificados, ou seja, não podem consistir na mera repetição de ideias.
Questão 5
Segundo o autor, por que são frequentes as falhas no momento da construção do desfecho? Quais as recomendações do enunciador para que se redija uma conclusão adequada? Retome os parágrafos que escreveu nas questões 3 e 4 e, em vista da tese e da argumentação apresentadas, formule uma conclusão.
O autor afirma que muitos produtores de texto entendem que concluir o texto é solucionar, obrigatoriamente, o problema referido na proposta temática. Desse modo, o autor chama a atenção especialmente dos jovens para que estes, ao finalizarem um texto, apenas concluam o raciocínio proposto no início. Observe que o parágrafo introdutório deve apresentar uma tese, isto é, aquilo que se pretende comprovar. Espera-se que o autor exponha a seguir sua argumentação e, no fim do texto, retome a tese como algo já comprovado em vista do que foi exposto..

Tema 3 A redação no vestibular e no Enem

Referência no GUIA (“Pequeno manual para redação”, págs. 150-157)SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
Etapa 1 "Reconhecimento da função do manual e compreensão de suas propostas iniciais.(Leiam as páginas 150-151)
Questão 1
Qual a finalidade de um manual? O que se pode prever de um texto intitulado “Pequeno manual de redação”?
Um manual é um texto que traz, de modo sintético, alguns ensinamentos acerca de algo(ciência, arte, tecnologia, ofício, religião etc.). Isso significa que o manual deve ser devidamente lido e compreendido, a fim de que se conheçam e assimilem procedimentos, “modos de fazer”. No caso específico de um manual de redação, a expectativa é que trate de conhecimindispensáveis a todo aquele que pretende redigir de modo eficaz.
Questão 2
O autor do texto pretende ensinar a produção de um tipo específico de texto? Que texto é esse? O enunciador menciona uma etapa anterior à escrita como sendo uma das mais relevantes. Qual é essa etapa e por que é tão importante? Depois dessa etapa, quais as orientações iniciais que o autor fornece àqueles que objetivam redigir bem esse tipo de texto?
O enunciador do texto discorre acerca da produção de textos dissertativo-argumentativos para os exames vestibulares, mencionando a importância de diversos aspectos. Nota-se que o autor, em dois momentos do texto, destaca uma etapa precedente à escrita, imprescindível a esta, que é a de leitura. Inicialmente, aborda a importância da leitura no momento de preparação do vestibulando, para a formação de um repertório, ou seja, para a sedimentação de conhecimentos, do “conteúdo” de escrita do texto. (Convém salientar que, ao recomendar ao candidato a formação do repertório por meio de livros, jornais, cinema e teatro, o autor propõe um conceito de leitura que não se restringe à decodificação da palavra.) Num segundo momento, o autor faz um alerta ao vestibulando: este não pode descuidar, na prova, da leitura atenta da proposta de redação. Isso porque inúmeras vezes uma leitura apressada leva a uma compreensão inadequada do tema e, consequentemente, à produção de um texto com abordagem equivocada. Em relação aos tipos de tema, o autor afirma que estes costumam pender para os de caráter histórico ou antropológico. Depois das orientações referentes à leitura, ao “conteúdo” ("aquilo que se diz"), o enunciador menciona aquelas concernentes à “forma” ("o modo como se diz"). Ele sugere ao candidato, por exemplo, que planeje sua escrita e que o faça observando o modelo ortodoxo de divisão macroestrutural do texto – introdução, desenvolvimento e conclusão -, cuja função é organizar o conteúdo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Etapa 6 Produção de texto

Redijam um parágrafo inicial de um artigo de opinião, utilizando os operadores discursivos anteriormente destacados. O tema a ser abordado pode ser “Vantagens e desvantagens do uso do Guia do Estudante na sala de aula”. Seria interessante, por exemplo, que comparassem o aprendizado antes e depois da utilização do Guia, apontando as causas de facilidades e dificuldades encontradas nesses dois momentos; seria conveniente dar exemplos de situações.

Etapa 5 | Análise do emprego de operadores discursivos

Questão 9

Releia as seguintes partes do texto e grife os operadores discursivos,explicando o sentido de cada um.
1) “O provérbio árabe ‘Os cães ladram e a caravana passa’ refere-se a situações em que qualquer esforço se torna inútil contra uma decisão tomada por alguma força superior. E aplica-se perfeitamente à atual crise de identidade e de poder político por que passa a ONU.”
2) “Foi assim em 2003, quando o latir da ONU não foi capaz de impedir que os Estados Unidos e o Reino Unido passassem por cima da decisão da organização e invadissem, como uma caravana onipotente, o Iraque [...].”
3) “De nada adiantou a insistência de líderes mundiais para que a ONU interviesse [...].”
4) “A instituição [...] além de mediar conflitos internacionais e regionais, envolve-se [...] com questões de saúde, pobreza e meio ambiente [...].”
5) “Todos participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de vetar qualquer proposta discutida – ou seja, basta uma das cinco grandes nações discordar da proposta, e ela não poderá ser adotada.
6) O Japão e a Alemanha [...] ficam de fora das principais decisões da ONU porque, em 1945, estavam do lado perdedor da guerra, junto da Itália.”
1) O provérbio árabe “Os cães ladram e a caravana passa” refere-se a situações em que qualquer esforço se torna inútil contra uma decisão tomada por alguma força superior. E aplica-se erfeitamente à atual crise de identidade e de poder político por que passa a ONU. Observar que a conjunção e traz a ideia de adição; deve, portanto, indicar o desenvolvimento do discurso, o acréscimo de uma informação nova.
2) Foi assim em 2003, quando o latir da ONU não foi capaz de impedir que os Estados Unidos e o Reino Unido passassem por cima da decisão da organização e invadissem, como uma caravana onipotente, o Iraque [...] Observar que a conjunção quando traduz a ideia de tempo; a conjunção como, nesse caso, estabelece uma comparação. [Notar que a conjunção como, dependendo do contexto, também pode denotar causa ;
(Ex.: Como estava doente, faltou à aula.) ou conformidade
(Ex.: Todos os convidados compareceram à festa, como estava previsto.)]
3) De nada adiantou a insistência de líderes mundiais para que a ONU interviesse [...] Observar que a locução conjuntiva para que indica finalidade.
4) A instituição [...], além de mediar conflitos internacionais e regionais, envolve-se [...] com questões de saúde, pobreza e meio ambiente [...]. Observar que o conector além de introduz um argumento terminante, como se fosse dispensável; a ideia, aqui, é convencer o interlocutor por meio de uma “prova cabal”.
5) Todos participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de vetar qualquer proposta discutida – ou seja, basta uma das cinco grandes nações discordar da proposta, e ela não poderá ser adotada. Observar que o conectivo mas indica a oposição entre significados de duas partes do texto; a expressão ou seja é utilizada para esclarecer o que fora dito antes.
6) O Japão e a Alemanha [...] ficam de fora das principais decisões da ONU porque, em 1945, estavam do lado perdedor da guerra, junto da Itália. Observar que o conector porque refere causa.

Questão 8

Releiam o segmento intitulado “O Brasil no Haiti” e identificassem a relação desse conteúdo com o anterior. Em seguida, destaquem, as opiniões favoráveis e contrárias ao fato de o Brasil chefiar a missão de paz da ONU no Haiti desde 2004.
O referido segmento de texto pode ser considerado um subtópico do texto. Analisa-se aqui um exemplo de atuação da ONU: envio de forças de paz ao Haiti, país que enfrenta sérios problemas de desestabilização política, social e econômica, com altos índices de pobreza e criminalidade. A ênfase é o desempenho do Brasil nessa missão, já que os soldados brasileiros compõem a maior parte do contingente. Os defensores da participação de militares brasileiros na missão de paz da ONU no Haiti alegam que essa atuação credencia politicamente o Brasil a figurar em outras áreas de conflito; esse desempenho, segundo eles, aumenta a “visibilidade” brasileira na comunidade internacional. Os detratores da permanência de tropas brasileiras no Haiti argumentam que o custo para a manutenção dos soldados no  Haiti é muito elevado: 120 milhões de reais por ano, valor que  é comparado à quantia destinada às nossas Forças Armadas, que tem sido bem menor. Além disso, minimizam a eficácia da missão, argumentando que a paz no Haiti depende mais de desenvolvimento  social e econômico do que do controle da violência efetuado pelas forças militares.

Etapa 4 "Diferença entre fato e opinião"

Questão 7
Releiam o segmento intitulado “Reformas”, na página 70.
a) Em relação ao fato de a ONU não ter se modificado durante seus 60 anos de existência, o posicionamento das nações é o mesmo?
Observem que, segundo o texto, as nações têm opiniões distintas quanto à estrutura e ao funcionamento da ONU. A maioria delas, contudo, mostra-se favorável às mudanças
b) Algumas propõem alterações?
É possível citar, como partidários das reformas, por exemplo, o Brasil, a Alemanha, o Japão e a Índia.
c) Cite duas dessas propostas.
Duas alterações propostas por esse grupo são as seguintes: o aumento do número de países que compõem o Conselho de Segurança e o aumento do número de vagas permanentes.
d) Há nações contrárias às mudanças?
 Em contrapartida, a China e os Estados Unidos têm permanecido avessos a qualquer modificação.

Questão 6

O uso do termo anacronismo pressupõe um julgamento das ações atuais da ONU? O juízo de valor anunciado no subtítulo se confirma no segmento de texto seguinte com o auxílio de quais argumentos?
O emprego do vocábulo anacronismo revela uma crítica do autor ao procedimento da ONU nos dias de hoje, pois anacrônico é aquilo que não se enquadra nos usos ou costumes atuais. Para comprovar que a ONU adota um modelo obsoleto, o autor se vale de exemplos e comparações. Para exemplificar, cita o fato de o organismo ter, desde sua criação até hoje, apenas cinco nações como  membros permanentes e com poder de deliberação no Conselho de Segurança, o principal órgão da entidade. Como comparação, utiliza os termos “agora” e “antes” para definir a representatividade do órgão da vontade da maioria das nações do mundo.