quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Tema 4

O poema na letra de música popular brasileira. referência no GUIA

“Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, completa 70 anos”, pág. 178
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

Etapa 1
Algumas características do texto em verso e compreensão do poema. Façam uma leitura silenciosa do texto Aquarela do Brasil. Em seguida, revejam certos aspectos do texto em verso.
 Aquarel a do Br asil

Brasil, meu Brasil brasileiro

Meu mulato inzoneiro

Vou cantar-te nos meus versos

Ô Brasil, samba que dá

Bamboleio que faz gingar

Ô Brasil, do meu amor


Terra de Nosso Senhor

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim

Ah, abre a cortina do passado

Tira a Mãe Preta do cerrado

Bota o Rei Congo no congado

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim


Deixa cantar de novo o trovador

A merencória luz da lua

Toda canção do meu amor

Quero ver a Sá Dona caminhando

Pelos salões arrastando

O seu vestido rendado

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim

Brasil, terra boa e gostosa

Da morena sestrosa

De olhar indiscreto

Ô Brasil, samba que dá

Bamboleio que faz gingar

Ô Brasil do meu amor

Terra de Nosso Senhor


Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim

Oh, esse coqueiro que dá coco

Oi, onde amarro a minha rede

Nas noites claras de luar

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim


Ah, ouve essas fontes murmurantes

Aonde eu mato a minha sede

E onde a lua vem brincar

Ah, este Brasil lindo e trigueiro

É o meu Brasil, brasileiro

Terra de samba e pandeiro

Brasil, Brasil

Pra mim, pra mim”

Agradecimento: Ricardo A. de Freitas Lima

Questão 1

No âmbito literário, o termo verso denota cada linha de um poema. O termo estrofe, por sua vez, designa cada um dos grupos de versos em que se divide um poema. Refrão (ou estribilho) significa o(s) verso(s) que se repete(m) numa canção. Com base nessas informações, diga qual o número de versos de Aquarela do Brasil. E de estrofes? Qual é o refrão?
O poema Aquarela do Brasil é composto de 44 versos, divididos em seis estrofes. Convém notar que a 1ª e a 4ª, a 2ª e a 5ª, a 3ª e a 6ª possuem o mesmo número de versos. Observar que o poema é a letra de uma canção composta de duas partes; a 4ª, a 5ª e a 6ª estrofes compõem a segunda parte da letra e devem se encaixar, respectivamente, na mesma melodia (música) em que a 1ª, a 2ª e a 3ª estrofes haviam se encaixado; daí essa simetria. O mesmo acontece, por exemplo, no Hino Nacional brasileiro; nesse caso, também há duas partes, e cada uma tem uma letra diferente, mas a música é a mesma. O refrão é composto pelos dois últimos versos de cada estrofe: “Brasil, Brasil” e “Pra mim, pra mim”.
Questão 2

O termo “aquarela”, presente no título do poema, remete a qual campo do conhecimento? Seria possível estabelecer uma relação entre o título e o corpo do texto?
Observem que o vocábulo “aquarela” se refere ao campo artístico, mais especificamente à pintura. O apelo ao visual destacado no título se configura no corpo do texto, onde se verifica o caráter pictórico: o eu-lírico busca criar, por meio de palavras, imagens da paisagem brasileira. Convém atentar para o colorido, tanto dos elementos da natureza quanto das figuras humanas.
Questão 3

Quais elementos da natureza estão presentes no texto? De que forma isso se relaciona com o título Aquarela do Brasil? A lua, a terra (e aqui o termo pode aludir tanto à localidade quanto à fertilidade do solo), o coqueiro (pode referir-se à diversidade da flora também), as fontes (alusão à abundância hídrica do Brasil).Observem que esses elementos possuem tonalidades muito diversas, assim como as cores de uma ela.
Questão 4

No que diz respeito à figura humana, o eu-lírico fala do povo brasileiro de um modo geral ou refere alguns de seus componentes? Qual o objetivo dessa diferenciação?
Convém notar que o eu-lírico menciona alguns dos componentes do povo brasileiro: o mulato, a Mãe Preta, o rei Congo, a Sá Dona, a morena. A intenção é ressaltar que o Brasil abriga a diversidade, seja ela de raças, seja de culturas, o que resulta num “colorido” semelhante ao de uma aquarela.
Questão 5

Especialmente quando se faz uma leitura em voz alta, chama atenção o ritmo dos versos. Existe alguma relação entre esse aspecto formal e o conteúdo veiculado no texto?
Observa-se uma cadência bem marcada, que nos remete à ideia de movimento. Note a harmonia entre a forma ritmada e o conteúdo do texto, que refere elementos musicais, como o canto [“Vou cantar-te nos meus versos” (cantar, nesse caso, também pode ser entendido como exaltar), “Deixa cantar de novo o trovador”, “Toda canção do meu amor”] e, especialmente, a dança [“Ô Brasil, samba que dá” (observar que o samba refere música, dança e canto típicos do Brasil, mas descendentes do batuque e do lundu, ritmos africanos acompanhados por instrumentos de percussão), “Bamboleio que faz gingar”, “Bota o Rei Congo no congado” (congada é uma dança folclórica afro-brasileira em que se representa a coroação de um rei do Congo), “Quero ver a Sá Dona caminhando” “Pelos salões arrastando” “O seu vestido rendado” (Sá Dona é contração de Sinhá Dona; observe a referência aos salões de baile) “Terra de samba e pandeiro”].
Etapa 2

Letra e música
Após fazer a leitura, em conjunto, uma leitura, em voz alta, da letra da canção Aquarela do Brasil. Depois procurem ouvir a musica(com letra e música) .Debatam a questão texto escrito versus texto cantado. Procurem refletir acerca de alguns aspectos, como: existe alguma resistência ao ato de ouvir a leitura de um texto? E ao ato de ouvir esse mesmo texto associado a uma melodia? Ambos são realizados com a mesma disposição? Há influência dos veículos de comunicação no que diz respeito à escolha do que se ouve? A mídia divulga da mesma forma os vários tipos de expressão oral? Declamadores, repentistas, cantores têm o mesmo destaque nos meios de comunicação? Esses meios divulgam os vários tipos de música da mesma forma? Quais tipos de música costumam divulgar? Você conhece algum tipo de música que praticamente não aparece na mídia?
Etapa 3
Figuras de linguagem
Após revisarmos as figuras de linguagem, vocês devem compreender que esta constituem um desvio intencional das normas, realizado com a finalidade de dar uma roupagem nova e expressiva à mensagem transmitida. Seria interessante observar principalmente (metáfora, comparação, metonímia), algumas das figuras de construção (elipse, aliteração, pleonasmo) e algumas das figuras de pensamento (antítese, ironia, eufemismo, hipérbole, prosopopeia).

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.


Figuras de som
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Eu que passo, penso e peço.”

Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas

e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.”

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• De número

Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”

Figuras de pensamento
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
Os jardins têm vida e morte.”

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

f) gradação ou clímax: é a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)

“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”

Figuras de palavras

a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:

...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

Vícios de linguagem

A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.

Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.

pesquiza (em vez de pesquisa)

prototipo (em vez de protótipo)

b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) ambigüidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Paguei cinco mil reais por cada.

 e) pleonasmo: consiste na repetição desnecessária de uma idéia.

A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.

f) neologismo: é a criação desnecessária de palavras.

Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.

g) arcaísmo: consiste na utilização de palavras que já caíram em desuso.

Vossa Mercê me permite falar? (em vez de você)


h) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.

O menino repetente mente alegremente.

Por Marina Cabral

Especialista em Língua Portuguesa e Literatura


Equipe Brasil Escola

Questão 6

Procure identificar qual a figura de linguagem presente em cada verso abaixo transcrito:
a) “Ah, abre a cortina do passado”

b) “Oh, esse coqueiro que dá coco”
c) “E onde a lua vem brincar”
Em a, observa-se a metáfora, figura que se caracteriza pelo emprego de uma palavra com o significado de outra, pelo fato de haver uma relação de similaridade entre o que ambas representam. Note que a ação de abrir a cortina pressupõe que algo será mostrado; no caso, abrir a cortina do passado designa o fato de colocá-lo a descoberto, expô-lo, ou seja, de certa forma “trazê-lo” ao presente.
Em b, verifica-se o pleonasmo, figura que se caracteriza pela repetição de palavra ou noção já implicada no texto.
Em c, nota-se a prosopopeia ou personificação, figura que se caracteriza pela atribuição de qualidades animadas a seres inanimados.

Questão 7
Escreva frases ou orações em que você utilize três das figuras de linguagem revisadas
Etapa 4

Ponto de vista e contexto
Questão 8
 Atentando para o verso inicial do texto (“Brasil, meu Brasil brasileiro”) e para os três primeiros versos da segunda estrofe (“Ah, abre a cortina do passado” “Tira a mãe preta do cerrado” “Bota o Rei Congo no congado”), seria possível afirmar, observando o ponto de vista do eu-lírico, que o Brasil, em algum momento histórico, não tenha sido “brasileiro”? Em que época isso teria ocorrido?

Levando em conta, mais uma vez, o título Aquarela do Brasil, que conforme já observamos remete à abundância e à diversidade, é possível afirmar que o “Brasil brasileiro” é o do “tempo de agora” (época da escrita do texto).

Segundo o eu-lírico, trata-se de um país que integra as diferenças, considerando o valor de cada indivíduo, em oposição ao Brasil do passado colonial, dominado pelos portugueses, lugar onde escravizaram os negros, conforme aludido na segunda estrofe. [Tirar a Mãe Preta do cerrado seria libertá-la; colocar o Rei Congo (refere-se à República do Congo, na África) no congado seria reintegrá-lo à sua cultura, libertando-o da escravidão.]
Questão 9
Façam novamente a leitura do texto “Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, completa 70 anos”, inserido ao lado da letra da canção.Especialmente nas questões 1, 2 e 3, observamos que Aquarela do Brasil se refere a vários aspectos do nosso país. Transcreva do poema versos em que o eu-lírico evidencie claramente o seu ponto de vista em relação ao Brasil que retrata. Existe alguma relação entre o ponto de vista do eu-lírico e o momento histórico de produção do texto?
Note que o eu-lírico manifesta uma “visão favorável” do país, o que se pode verificar no seguinte trecho:
“Ô Brasil, do meu amor Terra de
Nosso Senhor
Brasil, Brasil
Pra mim, pra mim”
Convém salientar que os dois primeiros versos transcritos aparecem em dois momentos do poema, na primeira e na quarta estrofes; quanto aos dois últimos, constituem o refrão, sendo, portanto, repetidos ao final de todas as estrofes, justamente para destacar o ufanismo (patriotismo exagerado) do eu-lírico.Há também estes dois outros versos, em que se ratifica a visão positiva do eu-lírico em relação ao que descreve“ Brasil, terra boa e gostosa” e “Ah, este Brasil lindo e trigueiro”.
Observar que o Brasil retratado nos versos está em consonância com a ótica nacionalista disseminada pelo regime ditatorial de Getúlio Vargas. O samba, nesse período, com letras de cunho patriótico, começa a ser mais divulgado e prestigiado. Note que, durante os anos de ditadura, é muito conveniente que seja divulgada ao povo a imagem de um país que impressiona pela magnitude, pela abundância, ou seja, pelo conjunto de características “positivas”. Desse modo, Vargas, aproveitando-se do fato de o meio artístico musical, naquele momento, criar essa imagem, fez dela uma espécie de propaganda, ou, mais do que isso, de apologia do regimtorial.
Questão 10
Você conhece outros autores da literatura que tenham retratado o Brasil em suas obras? E compositores eruditos e populares? Alunos pesquisem e, na aula seguinte, apresentem um material em que se verifique a criação de uma imagem do Brasil ou de alguma região brasileira, ou de um momento histórico, ou de algum tipo humano considerado como característico do Brasil em produções de nossos poetas e compositores.
Essa pesquisa poderia englobar obras tanto de autores do passado quanto do presente; tanto do que se denomina “popular” quanto do “erudito”. O importante é que os estudantes observem de que modo os aspectos da realidade brasileira são retratados. (Ex.: Gonçalves Dias e Murilo Mendes, que produziram, em momentos históricos diferentes, obras denominadas Canção do Exílio; Jayme Ovalle, Chiquinha Gonzaga, Dorival Caimmy, Caetano Veloso, com Sampa ou Tropicália; rappers da atualidade; Vicente de Carvalho; Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, Frutuoso Viana, Cláudio Santoro, entre muitos outros.)
Etapa 5
As múltiplas visões sobre o mesmo tema
Apresentem o material obtido por meio da pesquisa proposta na etapa anterior.
Cada um deve expor oralmente aos colegas o que conseguiu encontrar e tentar explicar de que modo a realidade brasileira está evidenciada na obra. Nos casos de poemas que são letras de música e de músicas instrumentais, seria conveniente que fosse tocada uma gravação para ser ouvida pela turma.
Questão 11
Muitas obras da literatura brasileira foram adaptadas para o teatro, o cinema e a televisão. Você poderia citar algumas delas?
Procurem ler , por exemplo, obras como Vidas Secas, de Graciliano Ramos, O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, ou de alguma outra que tenha sido adaptada para teatro, cinema ou televisão, preparando-os para um futuro debate.
Etapa 6
A literatura vai ao cinema
Nesta etapa, sugiro que assistam, à versão cinematográfica de uma das obras referidas na questão 11 (ou de alguma outra obra literária adaptada para o cinema).Escolha uma das obras acima para assistir e para responder as questões abaixo.
Etapa 7
Análise comparativa entre a obra escrita e sua adaptação para o cinema
Após observarem os novos significados que a obra literária adquire ao ser adaptada para uma outra mídia (no caso, o cinema). Seria conveniente que os estudantes verificassem as semelhanças e diferenças nas abordagens.
Questão 12
Como os personagens são caracterizados na obra escrita? O cineasta busca fidelidade na composição dos personagens ou enfatiza apenas alguns de seus traços de caráter? O cenário é parte importante na obra escrita? E no cinema? Há elementos acrescentados pelo cineasta à obra original? k Como se percebe a passagem do tempo na obra escrita e na produção cinematográfica? Na obra escrita, o tempo é cronológico ou psicológico? O cineasta utiliza o recurso do flashback? O cineasta parafraseia ou parodia a obra original?